Letter for you

Querido A*,

Sei que isto faz muito pouco tempo, desde que nos conhecê-mos realmente. E na maior das realidades, é um pouco fora do normal saber que alguém que nos passava ao lado, em tão poucos dias, acabar por ser àquilo que chamamos de "alguém".

Admito, que eu já te tinha visto e algumas vezes não me passavas ao lado. Porém, honestamente, nunca despertas-te de mim interesse ou muita atenção. Eras àquilo que eu mesma designo, uma pessoa que nem me aquece, nem me arrefece. Mas claro que de longe tinhas aquela piada com as coisas que fazias que tu bem sabes daquilo que me refiro. Recordo-me de ti tão bem nas aulas de Educação Física, como se tivesse sido ontem que eu estivesse no 8º ano.

Prosseguindo, bastaram dois curtíssimos dias para acabarmos por nos conhecer assim num piscar de olhos(...). Tenho que admitir, que eu sou do tipo de rapariga que coloca demasiadas confianças nas pessoas erradas. E infelizmente às vezes, é assim. Mas tenho a pura sorte de nunca lhes ter contado nada daquilo que já te contei a ti. Não sei bem, eu já te tentei explicar, mas com a pura verdade que tenho aqui, inspiras-te não sei de onde, uma confiança tremenda. Não sei se foi a tua forma de agir; não sei se foi a forma que me tratas-te. Não sei. E mesmo assim, eu mesma não sou capaz de encontrar uma resposta concreta.

Posso dizer, que estes últimos dias, foram bastante bons. E ter-te a meu lado, conforta-me imenso, tal e qual como o teu abraço. E espero mesmo que venham ainda aí muitos deles, porque tenho que confessar, são óptimos e como tu sabes: iguais a esses, não sinto há muito tempo. Por final (que não é novidade nenhuma, para ti), agora que embarcas-te, tão cedo não sairás desta aventura, (grande) amigo.

Fazes parte*