Esta semana só pelo começo, já a considerava estranha por estar a viver uma, incrível e inconfundível, montanha-russa. Poderei dizer que toquei em cada emoção de cada vez no meu grande e sensível lago. Desta forma consegui desfazer e refazer o meu coração com os minúsculos cacos que se espalharam perante a gigantesca sala que se encontrava à minha frente. Era algo para se questionar e muito bem, de como é possível em apenas cinco dias equivalentes, ser capaz de usar o meu coração como um puzzle inúmeras vezes. A resposta, é «como encontrar uma agulha num palheiro». Digo isto pois, que remexi em toda a minha natureza e acabei por me despir de tal forma que agora não sei por onde comecei.
Complicado ter a certeza de por onde começar depois desta situação, porém não sei bem o que dizer. Só sei que me deparei com um passado que eu suponha que estaria enterrado e nunca mais chegaria a tocar-lhe. Mas afinal, equivoquei-me imenso a respeito disso e só me faz relembrar um pouco da dor passada nesse tristonho amor vivido. Porém, o pior não foi ser negada, mas sim ter sido enganada. Foram-me dadas as esperanças que ninguém até hoje foi capaz de me dar. E qualquer das formas, não tive qualquer rancor perante os actos que aparentavam ser tão prometidos e no fim, eram apenas egoístas e orgulhosos só por uma simples questão de satisfação. A capacidade da confiança era altíssima, demais até para alguém como tu. Mas o tempo passou e agora acho imensa piada à tua atitude, como um animal abandonado de que precisa de um pouco de carinho para se consolar; como se nada do que tinha ocorrido, fosse algo que não magoasse um pequeno coração. E, o mais parvo disto tudo, é que eu mostro perante a tua pessoa, toda a arrogância que a vida concebeu-me a ter, e lá continua, a ingenuidade; parece que embaciaram os olhos e torna-se um pouco difícil de ver claramente aquilo que se pretende.
Eu nasci com certeza, para ficar constantemente a recordar-me do passado, pois parece que este não é capaz de largar o meu tornozelo sem qualquer dó. Em parte, vivo numa nostalgia, que só de pensar do que se faz dia após dia, dá-me uma certa tristeza que se acumula ao decorrer do tempo; mas eu aprendi, e faz muito pouco tempo que aprendi, que apenas vivemos uma vez a vida e há que saboreá-la de qualquer forma: não importa o número de dias que estejam contados perante a nossa morte, não importa com que idade se vai, apenas basta dizer «ao menos, soube aproveitar o que tinha nas minhas mãos».
7 comentários:
Nem sempre é mau de todo ter encontros com o passado minha querida (..) Gostei do texto *
oh minha querida, obrigada pelas palavras, a sério <3
Pois, isso é que é mais complicado :x
Beyoncé - Best thing ever (..) acho que é isso *
de nada minha querida :)
Acho que o passado nunca nos deixa, apenas temos de saber viver com ele e tentar (pelo menos no mau) recordá-lo o menos possivel
E isso provavelmente irá ser assim por um tempo mas temos de tornar quase peritas a "evitar" esse tipo de assunto se não quisermos mesmo falar dele
Muito complicado mesmo, requer muito tempo e pratica
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