Outono, doce Outono.

Como já tinha saudades disto. De acordar, e ver o quarto meio escuro; olhar para a janela e o sol estar tapado pelas nuvens o que impede de clarear a manhã; tirar um braço dos cobertores e sentir aquele ar fresco matinal, poder espreguiçar à vontade e sentir aquele arrepio à flor da pele com a mudança da temperatura. Tomar um copo de leite meio quente com café e duas colheres de açúcar e uma fatia torrada com manteiga dos dois lados. Vestir uma t-shirt e escolher o primeiro casaco para estrear o Outono de 2011.

Sair de casa com a mochila às costas para mais um dia de escola, e finalmente sentir o toque do doce vento. Respirar fundo e vir um grande frescor às fossas nasais, reabrindo novamente os pulmões; ver um fino brilho na estrada, olhar para o céu e matar as saudades nas nuvens que já não via há meses atrás; dei-me conta realmente, da falta que elas me faziam. Amenizam a temperatura e torna-me a caminhada mais fácil, sentir permanentemente o vento e ver os cabelos a voarem, sinto-me mais leve, sinto-me mais segura. O frio traz-me segurança, porquê? Não sei, mas também não quero descobrir as razões pelo qual me sinto assim. Apenas desejava-te, Outono. De uma forma como nunca desejei.

Passar o dia desta forma, tornou o meu dia muito melhor, e espero muito bem que não fizeste uma visita. Quero que permaneças aqui, pois é como se tu fosses um amigo que eu tenho, que me ajuda e conforta com tudo o que ocorre. Fica, que eu quero.