já lá vão quatro, amor

Apesar de estar duas semanas afastada de ti, valeram a pena. Vale sempre. A saudade sempre aumenta ao longo que o tempo passa, e a ansiedade de estar contigo, também. Quando já penso que vou estar próxima de ti em poucas horas, o palpitar do coração acelera. Mas quando a tua pessoa já está presente, acabo por me acalmar e aproveitar o tempo que estou contigo.

Rio-me cada vez que me lembro de que estava cheia de sono e fazia sempre uma pequena birra por qualquer coisa, e tu? Rias-te. Lembro-me de ficar encostada de olhos fechados à porta do carro, quase adormecida e tu a mexeres no meu rosto com leveza e cuidado. E ao mesmo tempo, ouvia-te. Ouvia dentro do teu silêncio um riso miúdo incapaz de se revelar, mas quando abri os olhos estavas a sorrir para mim de uma maneira bastante afectiva. Li os teus olhos e apercebi-me logo do que diziam. Mas, decidi não perguntar o que pensavas, era simplesmente uma pergunta retórica que iria fazer. Então preferi abraçar-te, mas queria um abraço realmente forte, de tal forma que conseguisse sentir os teus braços à volta da minha cintura o resto da noite. Aqueles beijos que me davas na testa e nas bochechas, por pouco não me faziam ficar num tom rosado. Ao longo do (re)encontro, lia os teus lábios e só lia a palavra «amo-te», lia o teu sorriso e só soube ler «estou feliz contigo». Os meus lábios gostavam de ter um pequeno movimento e expressarem-se tanto em tão poucas palavras, a minha alma queria revelar um pouco mais da sua segurança que tem contigo, e bem lá no fundo, até apetecia-lhe cantar para deixar aquele arrepio, em ti.

Queria tanto que o tempo passasse mais devagar, queria estar mais tempo contigo, queria dizer-te mais vezes aquilo que sinto por ti, queria mais vezes mostrar o meu sorriso. Quero que fiques comigo sempre, por eu quero ficar contigo, "para sempre" mesmo que esse "para sempre" nunca tenha existido.

P.S.: Já lá vão quatro, meu amor.