ciclo de nostalgia

Vou ser o mais honesta possível, neste momento... Sabem quando estamos numa nostalgia imensa que, de facto, queremos evitar todas as coisas que nos fazem lembrar a razão porque estamos dessa maneira. Mas afinal, tudo aquilo que vemos, todos os sons que ouvimos ou sentimos, sempre nos faz lembrar a razão e continuamos da mesma forma? É como se fosse um ciclo. Algo que é infinito, não tem mesmo um ponto final. Gostava de pôr um parágrafo nisto tudo, mas sinto-me tão paralisada, mas tão... qualquer coisa. Sinto-me fraca, sinto-me sem nada, sinto-me um pouco só neste momento. Estou numa fase que demonstro um sorriso para todos e claro que engano a maior parte, mas depois, penso bem e choro. Choro porque estou a enganar-me, a iludir-me. Já não sinto a essência da vida, tal como ela é, já não. Por vezes, até consigo ter algum suporte. A família, o namorado e os poucos amigos que tenho. E esses que me acompanham. Sim, são realmente aqueles que eu engano, tento mostrar-me forte, como se não me preocupa-se com nada, como se encara-se a vida de peito feito. Mas não sou assim, nunca fui, mas tentei. Muitas vezes. Penso que devo pedir desculpas ao mundo, mas principalmente, a mim. É a mim que faço mal e para além disso é a mim que engano, todos os dias. Irrito-me com coisas tão medíocres quando devia orgulhar-me e agradecer pelo muito que tenho. É a vida. Só conseguimos aperceber-nos daquilo que temos de valor, normalmente, quando as perdemos. Isso é um facto. No meu caso, reparei agora, mas não as perdi, mas sinto que estou a perder, muito devagar. E não quero continuar a ter essa sensação.