Chama-se paixão.

Mundo, pergunto-me porque mudei de casa. Eu que vivia na cidade e era feliz! Tinha tudo. Centros comerciais, amigos, uma boa escola, roupas de marca... Eu não sei o que seria sem estas coisas. A cada dia que passa, fico cada vez mais louca. Nem sei como me vou aguentar em viver no campo ao pé daqueles desgraçados que passam a vida com os pés na terra a lavrar e a colher vegetais.

Eu ainda quero saber o que deu na cabeça dos meus pais para isto, não percebo, éramos tão felizes e de repente, puf... Estou eu aqui, no campo. É incrível como de um dia para o outro a minha vida mudou. Eu nem sei o que estou a fazer aqui. A última vez que estive no campo, os dias eram uma eternidade que mal chegava a noite para dormir para poder ver se os dias passavam mais depressa.

Eu já nem quero saber, eu ainda quer ver o belo resultado que esta mudança trás para mim, ainda quero ver as grandes virtudes que me dizem, as óptimas oportunidades. Estou mesmo à espera, e, cheira-me mesmo que isto vai dar mau resultado. E depois é impressionante, pensam que têm sempre razão e aposto, que, desta vez, quem vai ter razão sou mesmo eu. Agora também vou perder todos os meus amigos, vou estar a duzentos quilómetros de distância, só poderei entrar em contacto quando estiver na Internet porque aqui não há rede, não há nada. E como sempre dizem-me que não é nada, que vou fazer amigos aqui.

Isto é injusto, a vida é injusta e se pudesse, eu ficaria na minha terra.

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Eu sei que isto não é um texto típico do meu blog, mas para variar um bocado e poder criar alguma coisa mais "do outro mundo", vou criar uma história. Dêem-me a vossa a opinião e digam-me se a introdução desta história está bem desenvolvida, obrigada!