os tempos mudam, nós também.

Sabem quando todas nós raparigas iniciamos os nossos 13 ou 14 anos? Todas nós queremos sempre um rapaz que seja bem constituído, que tenha uns olhos azuis ou verdes encantadores, que tenha uma maçã de Adão bem visível ao ponto de o pescoço ter um contorno irresistível que dá completamente a vontade de beijar, ter um sorriso que é capaz de derreter o nosso próprio coração e suspirar de tão lindo que é.

Isto era um passado, que na realidade grande parte das raparigas queriam literalmente um rapaz bonito. O tempo voa e acabamos por não dar conta o quanto crescemos, a forma como nos desenvolvemos, como físico e psicologicamente, os gostos mudam; em vez de gostarmos de rosa, gostamos de azul; em vez de gostarmos de mini-saia, preferimos os calções, jardineiras ou vestidos. E por fim, começamos a abrir os olhos e a saber dizer que não interessa realmente o físico do rapaz, e sim o coração que ele transporta, o que ele nos sabe dar, o que conseguimos aprender com ele, os momentos que jamais iremos repetir. E constantemente sonhamos noite após noite, no tal rapaz que queremos: compreensível, amável, confiável.

Até que certo dia conhecemos "o tal", aquele que aguardámos dias, semanas, meses. Aquele que consegue estar sempre lá quando necessitamos; que não diz um «chega» quando falamos demasiado; que não se cansa do nosso sorriso; que gosta de olhar nos olhos; que entrelaça os seus dedos por desejo nas nossas mãos e sorri para nós com a pura alegria e gratidão de estar ao nosso lado; que mal nos vê, é capaz de gritar pelo nosso nome e correr sem querer saber o que os demais pensam; que é capaz de dizer a qualquer pessoa o quão espantosas e espontâneas sabemos ser; o quão alegre é a nossa personalidade. E eles pensam sempre que tudo isto é porque nós somos mesmo assim, mas não. Nós alargámos apenas os nossos horizontes emocionais, que aprofundaram o nosso desejo de viver; são eles que nos dão forças suficientes para continuar; são eles que nos fazem sorrir e são eles que nos fazem saber olhar da forma que tanto gostam; são eles que nos ensinam a amar; e acima de tudo, a aprender a assumir que a felicidade, pode ser sempre encontrada em qualquer ponto, basta ser o certo.

sabes bem, rob. Obrigada ♥