que a chama não se apague.

Tenho notado na nossa prometida primeira semana, e lembro-me daquelas coisas que me dizias como por exemplo «tenho saudades tuas» ou «quando estiver contigo não te vou largar». Lembro-me sim muito bem dessas coisas. Em parte, sempre esteve vivo aquele receio na história anterior que vivi, não me interesso de qualquer forma em sofrer, e deitar lágrimas por alguém que nem sequer quer saber de mim, e juro que pensei seriamente neste assunto.

Por fim, depois da nossa volta, notou-se que havia a tal química que já uns meses não tenho tido por ninguém, nem me interessava muito, juro que faço de tudo para evitá-lo. Neste momento tenho outros objectivos, onde eu pretendo sem qualquer receio de atingi-los. Por esses objectivos, eu queria ter a noção de se tu eras assim tão compreensivo como tanto dizias, queria ver a tua atitude perante as minhas palavras, e realmente quando as disse e ouvi um «tudo bem», eu só pensei para mim «não creio muito». Juro-te que pensei, não é que não confie em ti, mas é aquela coisa que tenho, aquele medo que me afoga em marés que já não pertenço.

O tempo passou e as tuas palavras foram-me consolando, até mesmo naqueles momentos que estou amuada do nada, como por exemplo, quando começas a olhar fixamente para mim...

- O que é que tu queres?

- A ti.

Vamos dizer que são respostas muito simplificadas, com uma cobertura bastante doce. E eu quero simplificar também a nossa relação, mas lá está! Volto sempre à história do passado. E certo dia, haverás de cansar de ouvir sempre a mesma desculpa. Necessito da tua compreensão, mas não será só por agora, mas sim por uns tempos, talvez uns bons tempos. Porque não tenciono a dar um passo em frente para depois ter que recuar dois. E podes acreditar que se fores sempre assim, para mim, e eu chegar a conseguir a ultrapassar isto, não terei qualquer tipo de intenção de largar a tua mão, disso podes ter tu a certeza.