Saudade mata, e o receio?

Vou escrever-te mais uma vez. Mais uma vez, sinto esta necessidade imensa de tentar deitar cá para fora algo que simplesmente de caras não tenho a capacidade de transmitir com toda a clareza, apesar de querê-lo. Gostava de me compreender mesmo porque estou com isto tudo outra vez, é como se estivesse a fazer uma visita guiada ao passado sem qualquer intenção. E simplesmente, tenho notado no meu comportamento contigo, sei que não tenho sido a melhor namorada e tu mesmo o disseste. Entristece-me, sabes bem e por outro lado, sinto-me inútil no meio disto tudo sem qualquer tipo de piedade. E quero-te o melhor, quero dar-te o meu melhor porque tu mereces muito isso mas custa-me. O medo voltou, a relação passada despedaçou-me e tenho receio de me magoar outra vez pela cegueira que posso vir a ter se a caso me deixar levar pela totalidade ao amor. Eu quero, juro que quero, mas não quero levar com a mesma pedrada. Não quero cair da mesma forma. Não quero me sentir despedaçada, mais vez nenhuma.

Tu és aquele que me consegue perceber, eu sei e acredito nisso. Consegues esperar, mas será que consegues ir ao meu passo? É esse o medo que eu tenho nisto tudo, não quero que me largues a mão simplesmente pelo meu complexo em relação ao meu pretérito. Isto foi uma onda de emoções que invadiu o meu peito e trouxe-me, de novo, a preocupação. Preocupo-me em ceder demasiado, não o suficiente. É isso. Porém eu sei que consigo ser melhor, muito melhor que isto. Dar-te tudo aquilo que precisas, mas quero que tentes compreender a minha parte, não é deixar de gostar, muito pelo contrário, sinto uma necessidade incrível de te querer por perto, e por muito incrível e talvez não possas acreditar porque nunca o fiz, só me apetece abraçar-te e não te largar mais. Sim, é esta a minha vontade. E digo-te com toda a pureza que trago dentro de mim e que sempre conheces-te: Eu amo-te e por favor, quero-te por perto o mais depressa possível que eu estou mesmo com saudades tuas.