Decidi tocar levemente na minha maré de emoções e memórias, pensei que não iria haver qualquer mal. Mas acabei por escorregar do barco e afoguei nela. As memórias deram volta à minha cabeça e quando dei conta, já não conseguia respirar em condições. As más memórias voltaram e deram cabo dos meus sentidos. Entrei em pânico e nadei o mais rápido possível para o barco e sair daquele lugar que, pelos vistos, não me trazia paz ao espírito. Estive a pensar, durante alguns minutos, e perguntei-me de como já tinha passado por tanto, tanto que não me faz bem e mesmo assim tenho a teimosia de guardar aquelas águas poluídas. Devia fazer alguma coisa, devia. E sempre penso que seria melhor se deitasse essa água fora, mas o problema é que esta também está envolvida de coisas puras, que me trouxeram a alegria e a esperança, por alguns tempos. E quando me recordo, um sorriso miúdo aparece no meu rosto. E aí penso que não posso deitar fora a água que está suja, pois esta está também dissolvida em água pura e se caso o quisesse, é como se estivesse a deitar fora o livro da minha vida. Rasgaria páginas que estão rasuradas de tal forma que são essas pequenas notas que fazem dão essência ao livro.
Por outro lado, apesar de me ter afogado, não considerei a pior viagem. Além do mais eu cheguei bem lá no fundo e é nesse lugar tão longínquo que estão os maiores encantos e que me fazem sempre pensar que, depois de tudo que já passei, a ingenuidade e o sorriso sincero que tinha em criança mostrava, realmente, que fui ainda realmente feliz uma vez na vida.
5 comentários:
Quem dera querida, ando com uns nervos por causa dos resultados que nem é bom :$
ai obrigada linda :D
oh...um dia.
eu sei que é, mas tranquilizar-me não é fácil :s
Eu ando à espera disso à montes de tempo e nada melhora s;
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