Estes meses deram muito que falar, e descobri algo muito interessante: ganhei imenso amor próprio. Perdi o que mais gostava (gostava sim, já não gosto e felizmente isso aconteceu porque é da maneira que não sofro) e no fundo, estou sempre bem. Não fiz as birras, os choros, os desabafos constantes e repetitivos... Digamos, que não dei trabalho -quase nenhum- a ninguém. De vez em quando falo, mas falo por falar, não me desperta qualquer sentimento já, não me provoca ansiedade, nem desespero em vê-lo. Passou devagar, mas fi-lo quase sozinha e isso acho que é algo que merece algum reconhecimento, não dos outros, mas de mim. Porém, podia ter-me divertido mais, saindo à noite e beber qualquer coisa só para voltar ao meu saudável quotidiano, e claro que o Inverno não ajuda, por isso a vontade também não é muita. Agora... que posso vir a agradecer a todos aqueles que têm estado comigo neste espaço de tempo, posso. Por tudo o que fizeram, disseram, ajudaram, acompanharam e tirar-lhes-ia o chapéu se fosse Fernando Pessoa, porque eu penso que jamais encontrarei pessoas com tanta ou mais paciência que os meus. Principalmente, eu agradeço é à minha mãe, por ela sim, agarrou-me sempre, limpou-me lágrimas e fez-me acreditar que mesmo sozinha, eu hei-de ser e sou feliz, mostrou que para se ser mulher, não é preciso de um homem a acompanhá-la numa festa, ou ter que limpar as meias e cuecas dele sempre que as suja. Ser mulher, é principalmente, ser independente, é mostrar ao sexo oposto de que é capaz de fazer as mesmas coisas que ele. No final de todas as contas, eu estou bem, muito bem. Sou feliz, tenho um sorriso e é tudo o que importa. Tenho um passado alegre, do qual nunca me arrependo o ter vivido e melhor que tudo, hoje não guardo qualquer sentimento por isso, foram só "momentos".
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