Chama-se Paixão - 3ª parte

Já passou um mês, e sabem que mais? O campo é um lugar especial, a forma como olho para aqui, não é igual. Mas nada mesmo, é completamente o oposto daquilo que o meu campo de visão previa. E lá tenho eu que admitir outra vez aos meus pais de que não tinha razão nenhuma (vai-me custar dizer, mas que se pode fazer...).

A minha casa já está completamente arrumada, tudo no seu devido lugar e valeu a pena o esforço. Tenho uma amiga nova que é minha vizinha e é mesmo simpática. Conhecemo-nos mesmo no meio dos campos de trigo. Eu estava a passear, só para ver como era aquilo e ela estava ao pé de uma árvore, num monte, a cantar e a escrever o seu nome numa árvore. Chama-se Catarina. Ela recebeu-me de braços abertos, de tal forma que eu nunca vi nenhuma amiga minha receber-me daquela maneira, para ser muito honesta. Eu lá me apresentei, disse-lhe tudo o que posso dizer a uma conhecida. Porém, ela contou-me a razão de estar ao pé daquela árvore. Disse-me que quando era pequena, seu pai, levava-a todas as tardes para aquele monte e sempre contava uma história nova, mas aos seus nove anos, ele faleceu e passa lá como uma forma de se relembrar seu pai e ter alguma alegria no seu dia-a-dia.

Honestamente, a história dela tocou. Mas tocou bem lá no fundo e desta vez não fiz mesmo ouvidos de mercador. Ela nem merecia isso pois da forma como me tratou... Senti-me previligiada, mas não irei abusar. Agora estou sempre com ela, ás vezes vou para casa dela e ela para a minha,divertimo-nos imenso e também troço ás vezes com ela por causa do seu sotaque. É muito engraçado.

Bem, como podem ver, isto até está num bom clima e eu estou a adorar imenso este lugar. Fez uns bons progressos e espero que daqui em diante virão muitos mais positivos.