09 outubro, 2012

Não dar tempo ao tempo, mas sim a mim (...)


Impressionante. Como o tempo passa tão devagar nos momentos em que queremos que passe depressa. Parece que o tempo é teimoso comigo, e por muito que tente ter paciência... Não tenho. Perdi alguma coisa, em mim. É como se diz: só damos o verdadeiro valor às coisas quando não as temos. Tão verdade!
Eu que por tempos, aprofundei-me nas marés perigosas da Esperança, acabei por desistir dessa grandiosa aventura, devido ao receio que corrói o meu peito de a surpresa ser o buraco da Mágoa. Prefiro não descobrir, prefiro manter-me à superfície e não ter curiosidade. É por causa de nós termos tanta vontade de saber determinadas coisas, que por vezes a hora que escolhemos para saber, é a errada. Prefiro esperar com a impaciência que possuo. Não tenciono em acabar, ou desistir. Tenciono em dar um tempo, a mim. Preciso realmente, de pensar em mim, nas minhas coisas, que já não o faço há muito tempo. Naturalmente, não sou alguém que goste muito de averiguar o pretérito e fazer uma análise perfeita aos passos imperfeitos dados na minha longa jornada. Porém, de vez em quando faz falta. Penso eu. Talvez esteja a ser demasiado dura para comigo mesma, e é capaz ser isso que me deixe desta maneira. Pensativa e medidora das palavras.
Se calhar é só um momento mau da minha vida, creio ainda que ela me volte a sorrir. Só espero é que volte, como eu gostava. Veremos (...).

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