23 outubro, 2012

realidade vs. televi(lu)são


Ultimamente, o que tenho andado a fazer realmente (para além de estudar) é ver televisão. Muita televisão, mesmo. E o que tenho visto é só filmes. Filmes de quê? De romance. Por vezes, quando estou  assistir a esses filmes de romance fico a associar a minha maneira de ser e de estar a ver televisão, com aquelas mulheres de 50 anos que ainda estão em busca de um namorado perfeito para elas, e como não encontram... Tenta amenizar a sua dor e o seu desespero alimentando-se de um doce qualquer que tenha encontrado nas prateleiras da cozinha.
Mas não falando em desespero, que felizmente não é algo que tenha. Mas gostava de comparar a realidade com a televisão. Não sei como é, mas todos - ou quase todos - os filmes que passam na televisão têm um final feliz. Isto refiro-me a filmes que se baseiam na época estudantil do ser humano. Ou seja, o filme inicia com uma mudança de casa ou algo parecido de uma rapariga ou um rapaz qualquer, que na sua nova escola conhece alguém muito interessante do sexo oposto e faz alguns (poucos) amigos. Entretanto, com o passar do tempo, o "futuro casal" conhece-se melhor, e acaba por ir a uma festa qualquer onde acaba sempre mal. Um deles evita o outro durante um bom pedaço de tempo, mas lá no fundo, ambos querem-se de uma maneira quase inevitável. Por fim, um deles faz uma surpresa muito bonita e tudo o que aconteceu, toda a mágoa acaba de uma vez por todas e felizes para sempre. Muito giro.
Agora, depois de ter feito um resumo base de todos os filmes que tenho visto, eu vou fazer uma bela crítica: de que vale estes filmes? Iludirem-nos constantemente de que a vida é fácil e que o amor é quase algo de primeira vista? O pior não é iludir-nos um pouco e mudarmos de mundo por meros minutos, mas sim a queda que damos quando algo de mau trespassa pelos nossos olhos e devasta o nosso pequeno e mole coração. Acho que a televisão, por vezes, deveria ser um pouco mais realista. Mas só assim, penso eu.

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