Sabem qual é aquela sensação de desejo e carência mas que ao mesmo tempo não querem ninguém que vos dê esse carinho pois sabem que talvez, possam vir a recordar daquilo que há tempos vos tornava alguém feliz? Tudo para evitar o sofrimento que o passado corrói o coração?

Pois, eu explico... Faz uma semana - mais ou menos - que vi o filme O Diário da Nossa Paixão, e como típica rapariga apaixonada por filmes de romance e maricas também, acabei por chorar umas boas partes. Muitas na verdade. E por alguns momentos, gostava de ter uma companhia, alguém do sexo oposto para aparar as lágrimas e talvez, suavizar a mágoa guardada no pretérito. Porém, nos dias de hoje vivo na angústia de voltar a confiar em alguém. Eu estou bem, mas não sinto imune a qualquer tipo de relação, não me sinto capaz de conseguir confiar em alguém, pois apesar de muito boas que as coisas sejam, elas sempre acabam. Não importa como. E para quê depositarmos tanto amor e carinho numa relação, e dar tanta atenção a esta se no final de tudo havemos de sofrer de qualquer das formas? Não vale a pena. O pior de tudo, é que a ver filmes destes, sempre me traz uma gota de esperança.

A criatividade leva-nos a muitos lugares, a esperança apazigua-nos a ansiedade e a liberdade leva-nos a lugares que jamais seríamos capazes de atravessar se fôssemos acorrentadas. Sinto falta de algo, sinto falta de mim.